Quem viver "Lerá" !

Textos e pensamentos elaborados para que os leitores possam observar e absorver o poder das palavras e sentimentos!



A cada passo que dou por essa terra ínfima, percebo que tudo que parece certo muitas vezes não é, o amor não escolhe caminhos reais e corretos, pelo contrário sempre é trilhado pelos mais abruptos destinos, a verdade nem sempre é verdade, o que é verdade para um não é verdade para outro, as pessoas subjugadas, caminham sem um “norte”, apenas acordam, trabalham, raramente se socializam, alimentam-se, voltam para suas casas, hipnotizam-se pela programação alienada de uma caixa de plásticos e vidros, adormecem, muitas vezes sem se prepararem pra tal “descanso”, da mesma forma quem acordam sem rumo se entregam à Morpheu e a seu pai Hipnos. Quanto mais caminho, mais vejo pessoas cegas por ambição, lascivas, dispostas a matar, humilhar, fazer sofrer e sangrar, apenas para ter seus caprichos feitos, um mundo regido, por vontades, medos, agouros, luxúrias e banhando por crueldade camuflada, as sangrias justificadas. Vivemos hoje o que há anos os religiosos buscam em livros sagrados, já perecemos nas entranhas putrefatas do Armagedon, crianças molestadas, pais e filhos em confrontos quase épicos e a vida sendo tratada com descaso, como um câncer que corrói os órgãos vitais do mundo, a humanidade vai ceifando sua própria existência.
Homem ou mulher todos estamos fadados aos acertos e erros, somos incertos, instáveis, em um minuto podemos estar gargalhando e numa fração de segundos caímos no mais profundo ódio, solidão e melancolia Somos seres errantes, somos seres humanos não humanizados.
Nós não partilhamos e nem em sonho partilharemos do mesmo início, mas temos a certeza de partilhar o mesmo fim, todos teremos terra e a escuridão sobre nós, a diferença é se chorarão em tua lápide ou se irão pragueja-la, por isso deve-se fazer algo em vida, enquanto ainda se pode respirar e andar, após isso nada mais pode ser feito e tudo que você será, será o que você fez e causou enquanto o seus pulmões inflavam por agonias e anseios, teus olhos focavam a impunidades e sonhos desfeitos.
Todos temos uma caverna fria e escura no coração, um amor não correspondido, uma perda brutal, um sonho não realizado, ou simplesmente pelo fato de viver num mundo de aparências e valores terrenos, por mais que tentamos todos os caminhos nos levam a ela. Todos temos aquela lembrança que faz o dia virar noite, a tarde de primavera se transformar na mais nórdica tempestade, mesmo que escondida, adormecida como um vulcão, sempre que se chega perto dessa caverna que nos habita, as pernas ficam trêmulas e a consciência se esvai, somos tomados e domados como num déjà vu de tudo que já passamos. Pois nós somos os causadores e mediadores dos nossos medos e frustrações.

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Sou aquele que aparece quando todos se vão, aquele que tem o conhecimento do paraíso mas nunca pisará na terra prometida, o que conhece os males do inferno mas não se preocupa em combate-los. Sou aquele que é errôneo e paga caro pelos erros cometidos, que se deixa lacerar pelos demônios punitivos quando a luz se apaga e a cabeça é colocada ao travesseiro, aquele que ama, sofre, chora e sangra, que observa, que absorve, que já esteve na mais perfeita luz como também na mais densa escuridão, que já gozou da riqueza e penou na miséria. Sou aquele que clama ao amor e também deflagra como munições bélicas os mais profanos insultos, que da afago e o quer de volta, que corta a noite vazia com o olhar perdido e também vaga no dia tendo o sol a pino castigando, flertando com miragens, sonhos almejados que nunca se realizarão. Sou aquele que escreve, aquele que lê, que fala, que se cala, que cultua a vida porém não teme a morte. Uma imagem, uma sombra, um anjo, um demônio, uma pessoa, um morto vivo... Mas acima de tudo, sou aquele que aparece quando todos se vão, atrasado ou não eu sempre estou lá, como um farol em uma noite de tempestade!
Pois nem as trevas mais turvas e malévolas, nem o sol mais límpido e reluzente, são capazes de ofuscar tua essência e beleza perante meus olhos. Posso ser errôneo, mas sei reconhecer uma majestade mesmo à distância e com o céu negro com a torrente de relâmpagos e ventos!

COMBATENTE!

Suspensa como que por mágica a lua paira majestosa no negro céu da cidade. As estrelas como suas fiéis súditas, resguardam o seu brilho, para não ofuscar a soberania, nem tirar a atenção dos apreciadores (assim como eu) da rainha da noite. Que muitas vezes não se contem em adormecer quando o sol surge no horizonte e aparece quase que escondida, semitransparente no dia ensolarado de verão.
Tudo isso, por que há momentos que ela se satura de ver as pessoas indo para suas casas cansadas, ou dormindo. Ela escondida no dia observa aquelas mesmas pessoas que admiram-na e fazem juras de amor sob sua luz no manto da noite. Conclui que seu lugar no tempo e espaço esta absolutamente correto, pois durante o dia as pessoas estão muito ocupadas para apreciar os céus!
Muitas vezes somos majestosamente admirados e bem vistos, mas nossas ocupações e problemas não nos deixa perceber. Por isso, se estamos muito ocupados para ver, devemos sentir!

COMBATENTE!



Não sinto o toque sobre minha pele alva e gélida.
O sabor das coisas nem o da vida.
Mau sei se estou vivo ou se estou penando num mundo que já nem sei se me pertence, talvez eu nunca o tenha pertencido.
Não sinto o odor mais inebriante das mais belas flores, sinto só o vago perfume da rosa que amei, mesmo assim, somente quando fecho os olhos e me perco em doces lembranças.
O único sabor que sinto, é o gosto salgado do meu suor e das minhas lágrimas.

COMBATENTE!

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São Paulo, São Paulo - SP, Brazil
Busco palavras esquecidas... Guardadas nas brumas do tempo, estrada onde o homem cotidiano teme caminhar, são raros os que nos tempos de hoje se aventuram a romper a espessa névoa, pisar em solo movediço e mostrar que a verdadeira força é proveniente do músculo mais valioso e também mais vulnerável... O coração!