Quem viver "Lerá" !

Textos e pensamentos elaborados para que os leitores possam observar e absorver o poder das palavras e sentimentos!



Não sou mais a Pequena que você viu crescer, pegou no colo e dizia frases bobas com voz destorcida, porém cheias de amor e ternura. Não preciso mais levar bronca, pois agora já sei o que é certo e errado, mas ainda faço as minhas traquinagens que te arranca sorrisos. Já estou grande não só de tamanho, mas também de coração, aprendi, observei e absorvi muito contigo e ao teu lado, entrei na tua vida para revolucionar, para compor contigo uma bela canção só nossa, para te encher de boas energias, condutas e fazer de ti um ser ainda melhor, sei dos teus conflitos, das tuas batalhas e por este motivo mesmo que te escolhi para ser a minha companheira, mais que tudo para unir minha alma a sua, não falamos a mesma linguagem mundana, mas isso não me impede de ler o teu olhar mesmo que você não abra a boca, te sinto com o meu coração e alma! Muitas vezes estou correndo por todos os cantos, outras só preciso do teu colo e do teu afago, isso nos acalma e me faz querer estar a cada dia, a cada segundo da minha curta vida ao teu lado. Juro pelo sangue pulsante em minhas veias, por tudo que é mais sagrado, eu queria acompanhar-te mais e mais a cada dia, pelo passar dos anos. Mas infelizmente não é assim que a funciona, muito mais que uma companhia, que um novo membro na família, venho ao mundo com a rápida missão de tornar as pessoas mais humanas, mais gentis e evoluídas, se consegui fazer isso com você, minha caminhada aqui, esta findada. Mostrei o amor de verdade, aquele que não tem interesses nem maldade. E o mais importante de tudo, consegui mostrar e por no teu campo de visão, que o perdão verdadeiro de coração puro pesa uma tonelada e tem valor celestial, enquanto o rancor pesa apenas gramas, mas nos envenena dia a dia. Em todos esses anos vi pares de olhos diariamente, mas o meu dia só vale a pena quando eu olhava para os teus! 
Você é tão importante para o meu ser, que não estamos mais perto fisicamente, mas eu te sinto todo dia quando abro meus olhos, penso em ti e em como seria bom se estivesse ao teu lado fazendo farra para de dar bom dia! Meu amor é maior que tudo, faço da tua dor a minha lástima, tua quietude o meu silêncio, tua alegria a minha festa e da tua chaga a minha enfermidade! Tento te mostrar tudo de bom e te proteger sempre a cada momento, estando distante ou não sempre te acompanho, passo a pata! Não quero que se entristeça mais, muitas lágrimas já foram derramadas, tanto suas quanto minhas. O silêncio no encontro de nossos olhares já selou a nossa união transcendental, toda e qualquer denominação feita pelos homens não será capaz de expressar a honra que tenho de ter feito parte da sua vida! Agora quero que tenha força, foco e fé para aplicar tudo o que aprendemos e ensinamos um ao outro. Mantenha as boas lembranças, os risos frouxos e tudo o que conquistamos ao longo deste período! 
Fique em paz, pois estou bem e estarei ainda melhor sabendo que você esta percorrendo tua jornada a passos largos e cabeça erguida, sendo feliz e continuando a ser iluminada. Não se preocupe comigo, pois toda dor já não me afeta e agora sim fiquei gigante, cresci tanto, mas tanto, que este mundo já não me era suficiente, agora estou em um lugar onde não há limite, não há conta nem metragem! 
E de onde estou poderei expandir ainda mais, olhando por você, focado em teu foco, iluminando teu caminho quando ele estiver turvo, te refrescando quando a peleja ao sol ardente parecer não ter fim nem piedade. Agora sou uma valkiria, com dom de curar todo e qualquer ferimento, seja ele na carne ou no espírito, guerreando por mim e por ti, lutarei sempre pela tua felicidade, assim como quero que você nunca deixe de enfrentar tuas batalhas, é mais forte do que pode perceber ou imaginar, tem a força de um exército inteiro ai bem dentro do teu peito! Prometo pela espada que agora tenho em minhas mãos, eu abrirei cada vez mais os teus caminhos. Juro pelo amor que construímos e pela luz da estrela do norte, ainda vamos nos encontrar no hall do grande portão e nunca mais iremos nos separar... Até lá, sigo a te cuidar, por que no nosso caso não houve perda e sim uma entrega!

COMBATENTE


O manto de nevoa ainda cobre a cidade em uma espécie de véu deixado cair pelos anjos, ainda sim mesmo tímido o sol vai rompendo o nevoeiro e se fazendo presente em nosso dia. Reluzindo e aquecendo, uma cascata de ouro incandescente no vasto horizonte! Cena muito peculiar, porém tão pouco observada, absorvida, admirada... Que até nos faz esquecer momentaneamente do ambiente hostil e injusto que é a terra. Essa pausa para admirar o renascimento do sol, mais parecido com o revoar da mística fênix, trabalha todos nossos sentidos, prestamos mais atenção nas árvores, senhoras que nos saúdam gentil e platonicamente com seus elegantes vestidos floridos, coloridos e perfumados. Também os pássaros, exímios músicos que entoam gratuitamente o bom dia em forma de canção! Devemos parar um instante para apreciar essas pequenas coisas importantes, pois o alimento nutri o corpo, o conhecimento a mente e o sentimento a alma! Então deixamos a vida mostrar o quanto poder ser bela, deixar a lua nos envolver com tua luz e mistério, dando-lhe boa noite e o sol banhando e aquecendo nosso rosto no nascer do dia, recebendo-nos com um ósculo efusivo e fraternal!


COMBATENTE!


Enquanto lá fora a chuva cai, molhando a janela, lavando a face dos homens, percorrendo o asfalto em busca de apenas um manípulo de terra para se abrigar, o céu é turvado por nuvens negras, trovões abrem espaço na paisagem da cinza da cidade. Um reflexo súbito e azulado de um relâmpago invadindo quartos e até casas inteiras como se guardando aqueles raros momentos de paz, em uma fotografia tirada pelo universo. Observo com olhos vidrados e coração saudoso dos tempos em que outrora enxergara mais que o alcance da visão me restringe hoje. Impressiona-me como a mesma água que vem dos céus carregada de esperanças, também é a água que ruge o pranto e torna mareado o olhar aflito... Saudade é planta que se apodera do solo infértil de um coração e é regada por chuvas de lágrimas, enquanto vai se nutrindo e fortificando, nos mata um pouco a cada dia.


COMBATENTE!


Vago noite adentro como um ermo cavaleiro penitente, sozinho cruzando a cidade atormentada que não dorme, desbravando espaços taciturnos, mais parecidos com tenebrosas florestas negras, cheias de pestes e agouros. Posso sentir o gume impiedoso do frio cortante castigar minha já desgastada carne, o vento bravio tocar meu cálido e alvo rosto, meus olhos rubrosos lacrimejam perante a brisa gélida... Penetro na madrugada com o corpo ao vento, alma ao tempo e o coração em minha amada! A jornada não se acaba, a saudade é minha morada, as lembranças meu cobertor e o que ainda me mantém de pé... O amor!
Vago noite adentro, ate o dia se fizer tempo...Cavaleiro moderno com batalhas antigas, lamurias mau resolvidas... Vago noite adentro...

(Feito a caminho do trabalho na madrugada Paulista. Dedicado à Leoa! Fundamental e essencial na minha vida... Companheira... Amiga...tudo.... Amodimonti!!!)


COMBATENTE!


Deitado, a janela do quarto descerrada, luzes apagadas, recebendo a bênção do luar, olhar perdido, focado nas estrelas, paralisado, deslumbrando-me com seu fulgor vívido, pensamentos vagos porém certeiros, observo a lua que governa o negro céu, como uma graciosa rainha. Não é novidade a minha admiração por ela e a noite, seus elementos envolventes e instigantes. O silêncio é tão brutal que posso escutar o bater das asas de uma coruja alçando voo, faz muito frio, minha respiração condensa no ar, posso sentir o ar gélido invadindo meu corpo e fazendo morada em minha alma. Inevitável ser envolto por esse ambiente e não pensar em tua majestade, em tua soberania, a saudade é colossal, me talha, me imola, pois me perco em recordações, a falta de palavras, de cumprimentos, de afagos, o não ver, o não tocar é perturbador.
Tento transcrever para o papel um pouco do que sinto, do que vejo quando me olho no espelho e meus olhos rubros vociferam lastimados, um pouco de quando estou acamado, quando as centelhas cessam e fico só com meus pensamentos, lembranças, alguns arrependimentos, dores que me causaram e eu as retribuí.
Tua presença me fez um homem melhor, uma pessoa mais nobre, pode haver uma distância geográfica porém, a pureza do sentimento me aproxima de esplendor, posso até sentir teu perfume, o calor. Sirvo em teu castelo, contemplo toda tua soberania, sua mística realeza, estonteante, te respeito, honro, tenho enorme admiração por ti e pela semente que tens. Assim como a lua que rege com maestria as filhas e súditas estrelas em teu castelo envolto no manto noturno.
Venho mostrar que dentro deste arnês, há um homem, mesmo com suas inúmeras ocupações, dores físicas e horários nada britânicos, que ama, sente saudade, arrependimentos, culpa, carinho, mas acima de tudo, que sente falta de apenas um olhar. Olhar esse que hoje parece afastado, como a chama distante, não só de olhar, de corpo, alma e coração, o que antes era sussurrado mesmo longínquo, hoje sinto que é ralhado e o pior, não compreendido.
Sinto a nevoa apoderando-se do quarto e o sono inebriante vindo ao meu encontro, olhos pesados, visão embaçada, como se embriagado estivera, não me rendo fácil, mas hoje ficarei feliz, pois entrarei no transe dos sonhos pensando e lembrando de alguém que me fez crescer e me agregou quilíada de valores. Mesmo que não a ouça, não a veja, não posso tocar-lhe, sei que já saboreou o doce sabor do sentimento puro e verdadeiro, durmo de lábios entreabertos esperando um beijo seu!
Então, fecho os olhos e mergulho em meu oceano de sonhos fantasiosos, solitários e nostálgico.

Sou um lobo “solidário”, doando tudo de mim para ter um pouco de você!


COMBATENTE!



Aqui está escuro, estou encharcado em suor e exalando desespero, desabei no sono noite passada como se estivesse caindo em um precipício, cada vez mais escuro em uma ruína sem fim, com a expectativa de chegar logo ao chão, me fazer em pedaços e acabar de vez com essa aflição que traga minhas vísceras. Em meio a queda, a falta de ar ceifa a consciência e não sei distinguir o real dos pesadelos que venho apresentando, neles vago pela penumbra húmida, pela escuridão sem rumo e sem sentido, sem ver, sem sentir, sem ouvir nada, não sei onde estou, não entendo o que está acontecendo, ate que sou surpreendido por um calor absolutamente violento, que queima minha pele deixando expostos músculos e entranhas, o silêncio é quebrado por gritos agonizantes, clamores e dores, o aroma do apodrecimento corrompe e domina o ambiente, luzes, vermelhas, amarelas entremeadas, camuflam o cão fúnebre de três cabeças, que guarda a porta de saída desse desassossego em que me encontro, paro um momento para assimilar toda situação em meio tanto caos, percebo que tudo que fiz e causei de mal está sendo cobrado e pago com minha carne, alma e sanidade, relembro das dores que causei, das infâmias que deferi, das profanações que mencionei, vejo almas penando com angústia, ódio, incertezas e tristezas, aqui nada de bom habita, só há treva e pesar. O tártaro tem como seus alicerces os medos e os erros dos seus habitantes involuntários, mesmo sofrendo sinto que tudo que estou passando aqui, não seja suficiente para secar os oceanos de lágrimas que eu fiz derramar mundo à cima.

A mágoa e o arrependimento que brotam dos meus olhos, gritam as dores que fazem morada em meu peito, minha alma já quase extinguida segura o tênue fio de vida que ainda tenho, meu rosto calejado pela hipocondria e impaciência, me agrega mais dez anos, levo nas costas uma tonelada de lágrimas, perdas e pedras, em meu bolso... Em meu bolso tenho apenas um pequeno fardo com meus sonhos. Já chorei, já fiz chorar, agora estou em meio as rochas incandescentes e gritos abafados, arcando com meus atos, em minha Shoah.

Nenhuma dor física pode aplacar minha angústia mental, não importa quantos trabalhos eu exerça, quanto heroísmo eu consiga demonstrar, quanto força física tenho, porque dentro de mim a paz não habita, não há satisfação, sou um prisioneiro de minha própria culpa!

Minha tenacidade, minha astúcia são postos a prova aqui nesse lugar atroz, me sinto no limite, em um abismo de morte. Encontro-me entre realidade e uma efialta, para ser punido pelos meus erros e agouros, também para tentar destruir o que um dia já me desmembrou, meus pavores e anseios, porem esse é só metade do meu desafio, a outra metade é descobrir como fazer isso. Mas para tal circunstância terei a eternidade para descobrir.

Levo comigo setas embebidas na peçonha de inimigos nocivos que já enfrentei e derrotei, dentro de mim todo mal que causei e que já me foi causado converteu-se num dragão de cem cabeças, alimentado por depressões, orgulhos e egos, que ataca com cólera devorando com voracidade minhas expectativas e bons pensamentos, sinto um vazio por dentro como se presente aqui eu me constituíra apenas de um amontoado de prantos e ossos. Dessa forma sem perceber vagueio por anos no mundo de Hades, sem sorte perambulo por essa devastação com as mãos banhadas em sangue (o sangue e a marca física da culpa), me sinto odioso por estar encarcerado neste lugar cadavérico, mas quando minha ira cega se abranda, ela é substituída por um remorso intenso, uma angústia terrível, que me atormentará eternamente, pois me lembro que se aqui estou é porque deslustrei os sentimentos, confiança de alguém, cometi inúmeras faltas e mereço estar onde estou. Como os antigos descreviam essa é a culpa de sangue.

Dai em diante eu tento livrar-me da mancha de culpa por estes atos terríveis que acabam se transformando no eixo da minha eterna lástima, agora só me resta purgar meus crimes, mas estou perdido, desorientado. Somente uma penitência terrível pode absolver meus pecados, para purificar minhas mãos, minha alma, purificar do delito lamentável que cometi., por isso emito brados de perturbações e infortúnios pelo tártaro inteiro.

Cumprindo minha pena, em meio esse mar de lava ardente, preciso ter força física, obstinação mental e resistência incansável, para resistir e não padecer às mortificações estipuladas, sou passível de pena e de admiração, sou a prova de que o mal que você cria, um dia te consumirá, te inundará de sofrimento e um dia quem sabe terás a redenção. Aqui não há só o ardor que castiga e consome carnes e os espectros, há também todos os extremos, para que os errantes sejam alvejados em todos aspectos, já caminhei por todas as veredas dessa prisão inalterável. Rocha e gelo, vento e neve, fogo e sangue, vagando por uma terra de neguem, onde o tempo é implacável, um território inóspito, infinito e ao mesmo tempo minguado e caustrofóbico.

Não é um simples pesadelo, estou mesmo pagando em vida por todos pecados que pratiquei, por todo rancor que produzi. O meu Hades é aqui mesmo em terra, em penitência viva, para que a dor seja vívida e real, em pele, carne, ossos e alma. Olhar sem poder tocar, desejar sem poder saborear viver e não poder sorrir.


COMBATENTE!



A cada passo que dou por essa terra ínfima, percebo que tudo que parece certo muitas vezes não é, o amor não escolhe caminhos reais e corretos, pelo contrário sempre é trilhado pelos mais abruptos destinos, a verdade nem sempre é verdade, o que é verdade para um não é verdade para outro, as pessoas subjugadas, caminham sem um “norte”, apenas acordam, trabalham, raramente se socializam, alimentam-se, voltam para suas casas, hipnotizam-se pela programação alienada de uma caixa de plásticos e vidros, adormecem, muitas vezes sem se prepararem pra tal “descanso”, da mesma forma quem acordam sem rumo se entregam à Morpheu e a seu pai Hipnos. Quanto mais caminho, mais vejo pessoas cegas por ambição, lascivas, dispostas a matar, humilhar, fazer sofrer e sangrar, apenas para ter seus caprichos feitos, um mundo regido, por vontades, medos, agouros, luxúrias e banhando por crueldade camuflada, as sangrias justificadas. Vivemos hoje o que há anos os religiosos buscam em livros sagrados, já perecemos nas entranhas putrefatas do Armagedon, crianças molestadas, pais e filhos em confrontos quase épicos e a vida sendo tratada com descaso, como um câncer que corrói os órgãos vitais do mundo, a humanidade vai ceifando sua própria existência.
Homem ou mulher todos estamos fadados aos acertos e erros, somos incertos, instáveis, em um minuto podemos estar gargalhando e numa fração de segundos caímos no mais profundo ódio, solidão e melancolia Somos seres errantes, somos seres humanos não humanizados.
Nós não partilhamos e nem em sonho partilharemos do mesmo início, mas temos a certeza de partilhar o mesmo fim, todos teremos terra e a escuridão sobre nós, a diferença é se chorarão em tua lápide ou se irão pragueja-la, por isso deve-se fazer algo em vida, enquanto ainda se pode respirar e andar, após isso nada mais pode ser feito e tudo que você será, será o que você fez e causou enquanto o seus pulmões inflavam por agonias e anseios, teus olhos focavam a impunidades e sonhos desfeitos.
Todos temos uma caverna fria e escura no coração, um amor não correspondido, uma perda brutal, um sonho não realizado, ou simplesmente pelo fato de viver num mundo de aparências e valores terrenos, por mais que tentamos todos os caminhos nos levam a ela. Todos temos aquela lembrança que faz o dia virar noite, a tarde de primavera se transformar na mais nórdica tempestade, mesmo que escondida, adormecida como um vulcão, sempre que se chega perto dessa caverna que nos habita, as pernas ficam trêmulas e a consciência se esvai, somos tomados e domados como num déjà vu de tudo que já passamos. Pois nós somos os causadores e mediadores dos nossos medos e frustrações.

COMBATENTE!



Sou aquele que aparece quando todos se vão, aquele que tem o conhecimento do paraíso mas nunca pisará na terra prometida, o que conhece os males do inferno mas não se preocupa em combate-los. Sou aquele que é errôneo e paga caro pelos erros cometidos, que se deixa lacerar pelos demônios punitivos quando a luz se apaga e a cabeça é colocada ao travesseiro, aquele que ama, sofre, chora e sangra, que observa, que absorve, que já esteve na mais perfeita luz como também na mais densa escuridão, que já gozou da riqueza e penou na miséria. Sou aquele que clama ao amor e também deflagra como munições bélicas os mais profanos insultos, que da afago e o quer de volta, que corta a noite vazia com o olhar perdido e também vaga no dia tendo o sol a pino castigando, flertando com miragens, sonhos almejados que nunca se realizarão. Sou aquele que escreve, aquele que lê, que fala, que se cala, que cultua a vida porém não teme a morte. Uma imagem, uma sombra, um anjo, um demônio, uma pessoa, um morto vivo... Mas acima de tudo, sou aquele que aparece quando todos se vão, atrasado ou não eu sempre estou lá, como um farol em uma noite de tempestade!
Pois nem as trevas mais turvas e malévolas, nem o sol mais límpido e reluzente, são capazes de ofuscar tua essência e beleza perante meus olhos. Posso ser errôneo, mas sei reconhecer uma majestade mesmo à distância e com o céu negro com a torrente de relâmpagos e ventos!

COMBATENTE!

Suspensa como que por mágica a lua paira majestosa no negro céu da cidade. As estrelas como suas fiéis súditas, resguardam o seu brilho, para não ofuscar a soberania, nem tirar a atenção dos apreciadores (assim como eu) da rainha da noite. Que muitas vezes não se contem em adormecer quando o sol surge no horizonte e aparece quase que escondida, semitransparente no dia ensolarado de verão.
Tudo isso, por que há momentos que ela se satura de ver as pessoas indo para suas casas cansadas, ou dormindo. Ela escondida no dia observa aquelas mesmas pessoas que admiram-na e fazem juras de amor sob sua luz no manto da noite. Conclui que seu lugar no tempo e espaço esta absolutamente correto, pois durante o dia as pessoas estão muito ocupadas para apreciar os céus!
Muitas vezes somos majestosamente admirados e bem vistos, mas nossas ocupações e problemas não nos deixa perceber. Por isso, se estamos muito ocupados para ver, devemos sentir!

COMBATENTE!



Não sinto o toque sobre minha pele alva e gélida.
O sabor das coisas nem o da vida.
Mau sei se estou vivo ou se estou penando num mundo que já nem sei se me pertence, talvez eu nunca o tenha pertencido.
Não sinto o odor mais inebriante das mais belas flores, sinto só o vago perfume da rosa que amei, mesmo assim, somente quando fecho os olhos e me perco em doces lembranças.
O único sabor que sinto, é o gosto salgado do meu suor e das minhas lágrimas.

COMBATENTE!

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São Paulo, São Paulo - SP, Brazil
Busco palavras esquecidas... Guardadas nas brumas do tempo, estrada onde o homem cotidiano teme caminhar, são raros os que nos tempos de hoje se aventuram a romper a espessa névoa, pisar em solo movediço e mostrar que a verdadeira força é proveniente do músculo mais valioso e também mais vulnerável... O coração!